Efeitos da pandemia nos supermercados

Com o objetivo de auxiliar os seus clientes neste momento de pandemia, a RP Info ofereceu, gratuitamente, uma consultoria com a R-Dias, um dos mais renomados escritórios do país e com uma experiência de mais de 25 anos no segmento. A RP Info decidiu ampliar o número de reuniões online devido ao grande interesse e procura por parte dos seus clientes. No total, foram oferecidas quatro oportunidades em dias e horários diferentes para atingir o maior número possível de supermercados.


O tema “A sustentabilidade dos supermercados a curto e médio prazo” foi desdobrado em diversos assuntos essenciais para ajudar os supermercadistas a vencerem os obstáculos e agarrarem as oportunidades neste momento de enfrentamento ao Coronavírus. Pensando em deixar este conteúdo disponível para todos os que não puderam participar das consultorias, estamos preparando diversos textos sobre os assuntos abordados. Neste primeiro texto, falaremos sobre as etapas da pandemia e o reflexo nas vendas.


O indicador mais crítico do cenário econômico é o desemprego. Neste cenário, víamos uma taxa de desemprego em queda, mas a previsão é que o índice cresça perto de 15,5% em maio, 16% em junho e 17,8 perto de dezembro. A R-Dias fez um estudo que evidenciou uma correlação direta entre a taxa de desemprego e o crescimento das vendas no varejo. Na medida em que o desemprego começou a cair, as vendas começaram a subir. Então, com esta previsão de impacto, temos uma tendência de chegar a números bem menores de crescimento. Porém, o problema é que os custos estão aumentando e muitas indústrias estão aumentando seus preços, chegando a 5%. Se o custo cresce perto de 5% e temos uma inflação de custo perto de 5%, na prática ficaremos no zero.


No início da crise, a R-Dias fez avaliações, que constataram que haveria um movimento de pico, ocasionado pelo abastecimento dos lares por medo, com a estocagem de alimentos. Depois, teríamos uma manutenção devido à alimentação em casa em função do home office. Teríamos uma queda assim que as escolas voltassem a funcionar, o que ainda está por vir. A partir daí vemos uma estabilidade perto de zero. Enquanto os setores estão tentando se recuperar, o varejo alimentar vem se mantendo, mas se esta linha é uma média, existem empresas que estão acima, com mais performance, e têm empresas que estão abaixo disso e que vão ficar no negativo. Tendemos a ter acomodação a patamares mais normais. Assim que normalizar tudo, teremos crescimento perto de zero.


O aumento do desemprego vem gerando mudanças no hábito de compra:


• Redução e corte de gastos optando por produtos mais baratos “tradedown”;


• Fim da fidelidade a algumas marcas e lojas e fortalecimento do atacarejo raiz;
“Os produtos líderes tendem a sofrer demais, então fique atento aos estoques destes itens e comece a trabalhar com compras de prazo mais curto para não se perder com seus níveis de estoque”


• Redução da compra por impulso ou experimentação e maior participação de itens básicos;
“Esse é um assunto delicado, que mexe nas fatias das vendas que mais geram margem. Por outro, os produtos de margem básica vão aumentar”


• Volta das marcas de combate
“Comercial deverá fazer reestruturação das categorias com frequência maior do que de costume”


• Aumento da pesquisa na internet e em encartes à procura de promoções semanais;
“Este fato é o resultado de mais pessoas em casa e com mais tempo. Então, tanto a comunicação quanto a execução da oferta vão depender de uma abordagem mais inteligente e assertiva, mas não abra mão deste mecanismo”

“Todas estas mudanças vão impactar no GC e no pricing. Também é necessário entender como competir melhor com o atacarejo. Então, devemos trabalhar intensamente os perecíveis e ter nível de serviço apropriado. Além disso, trabalhar no desenvolvimento de fornecedores e focar em compras mais precisas”.

Fique atento ao nosso blog e redes sociais para não deixar de conferir os próximos textos.

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